sexta-feira, janeiro 20, 2006

Visita guiada à Fundação Arquivo Paes Teles,
no Ervedal



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terça-feira, janeiro 17, 2006











Mário Paes da Cunha e Sá

Mário Paes da Cunha e Sá nasceu no dia 18 de Junho de 1893 nas Caldas da Rainha e descende uma família de grandes proprietários da elite económica e social do concelho de Avis. Na altura do seu nascimento, o pai de Mário Saa (nome literário) exercia as funções de notário e sub-delegado no julgado de Óbidos, residindo nas Caldas da Rainha. Em 1895, a família volta para o concelho de Avis e o seu pai constrói, quatro anos depois, o Monte de Pero Viegas, onde Mário Saa residiu quase toda a vida. Recebeu formação no colégio de S. Fiel, em Louriçal do Campo (Beira Baixa), no Liceu de Évora e, em 1913, era aluno do Instituto Superior Técnico (devido à inexistência de registos nos arquivos desta instituição desconhece-se o curso que frequentou). Sabemos, através da revista Presença (n.º 19, 1929), que em 1917 continuaria a frequentar o IST. No ano seguinte inscreveu-se no curso Sciencias Mathematicas na Universidade de Lisboa e, em 1930, no curso de Medicina desta mesma Universidade, não tendo, porém, concluído nenhuma das licenciaturas. A vida de Mário Saa dividiu-se entre a administração agrícola das suas propriedades e a investigação e produção literária. De acordo com o perfil dos intelectuais do seu tempo dedicou-se e interessou-se por temáticas distintas publicando várias obras e numerosos artigos em periódicos. Dedicou-se à filosofia, à genealogia, à geografia antiga, à poesia, à problemática camoniana, às investigações arqueológicas, e mesmo à astrologia e à grafologia. O seu interesse pela arqueologia e a investigação que realizou sobre vias romanas resulta na obra de maior vulto e importância de Mário Saa. Os seis volumes de «As Grandes Vias da Lusitânia» são produto de mais de 20 anos de investigações e prospecções arqueológicas e constituem, ainda hoje, uma obra de referência para os investigadores. A par com a arqueologia, Mário Saa destacou-se, também, no panorama da poesia portuguesa das década de 20 e 30. Publicou com assiduidade na revista Presença e privou com os grandes poetas e intelectuais da época no âmbito da boémia literária da Brasileira do Chiado.

Obras de Mário Saa

EVANGELHO DE S.VITO (1917)
PORTUGAL CRISTÃO-NOVO OU OS JUDEUS NA REPÚBLICA (1921)
POEMAS HERÓICOS / SIMÃO VAZ DE CAMÕES; PREF. DE MÁRIO SAA (1921)
CAMÕES NO MARANHÃO (1922)
TÁBOA GENEALÓGICA DA VARONIA VAZ DE CAMÕES (1924)
A INVASÃO DOS JUDEUS (1925)
A EXPLICAÇÃO DO HOMEM: ATRAVÉS DE UMA AUTO-EXPLICAÇÃO EM 207 TÁBOAS FILOSÓFICAS (1928)
ORIGENS DO BAIRRO-ALTO DE LISBOA: VERDADEIRA NOTÍCIA (1929)
NÓS, OS HESPANHÓIS (1930)
PROCLAMAÇÕES À PÁTRIA: UMA ALIANÇA LUSO-CATALÃ (?) PROCLAMAÇÕES À PÁTRIA: ATÉ AO MAR CANTÁBRICO (1931)
ERRIDÂNIA: A GEOGRAFIA MAIS ANTIGA DO OCIDENTE (1936)
AS MEMÓRIAS ASTROLÓGICAS DE CAMÕES E O NASCIMENTO DO POETA EM 23 DE JANEIRO DE 1524 (1940)
AS GRANDES VIAS DA LUSITÂNIA: O ITINERÁRIO DE ANTONINO PIO (6 T.; 1957-1967)



A Fundação Arquivo Paes Teles

A Fundação Arquivo Paes Teles (FAPT) surgiu por vontade de Mário Saa. No seu testamento, registado em 1967, decidiu disponibilizar à comunidade a biblioteca e um “museu”, na moradia de que era proprietário, no Ervedal, criando para isso a fundação. Determinou que a instituição - legada às gentes da terra - se chamasse Paes Teles em homenagem à família de sua mãe.
A FAPT é legatária de um património de reconhecido valor, que espelha o percurso de vida do instituidor, a sua obra literária, os seus interesses intelectuais, culturais e profissionais. Além da biblioteca e da colecção de materiais arqueológicos a Fundação guarda, também, o seu espólio documental.Para conservar e valorizar este património foi celebrado um Protocolo de Colaboração com a Universidade de Évora e com o Município de Avis e, neste âmbito, têm vindo a ser desenvolvidas uma série de acções, nomeadamente a organização e o acondicionamento dos vários núcleos patrimoniais.